segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Estás sempre comigo (...)

"(...) Tenho saudades de quando tu aparecias do nada e fazias-me sorrir pelo simples facto de estares ali. Saudades da maneira simples e intensa que arranjámos para esquecer o mundo quando estavamos juntos - deixa com que eu viva a minha vida, longe da pressão de ainda sentir a tua presença cheia de indiferença. Se porventura um dia quiseres falar comigo, a minha porta continua aberta para uma visita tua. Espero que venhas por bem, caso contrário, o caminho que te trás até mim, será o mesmo que te leva de volta. Enfrento o dia, encaro a realidade, mas nunca me esqueço de ti "

Margarida Rebelo Pinto

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Seguir em frente"

(…) Penso que chegou o momento que tanto ansiei. A vontade de virar as costas a todas as preocupações, a vontade de fugir de todos os meus medos e de todas as atenções. A vontade de não ouvir nenhuma opinião, somente a voz da razão. Sempre tive a certeza que um dia eu iria ter a noção que deixar este caminho e partir em busca de um novo rumo para a minha vida iria ser bom. Pois esse dia chegou, mas depressa do que pode imaginar. A coragem veio e com ela a decisão que desta vez eu iria mudar, para bem se possível. Apetece-me tanto largar tudo e todos e criar um novo mundo, o meu mundo. Quero mais que nunca correr para bem longe de todos estes sentimentos que me envolvem sem piedade. Vou ausentar-me por um tempo limitado, mas garanto que quando voltar eu irei ser diferente. Irei pôr fim a toda a ingenuidade e fraqueza que tenho dentro de mim. Proibirei a entrada da dor e mágoa no meu peito e o amor será muito bem inspeccionado antes de tentar assaltar de novo o meu coração. Quando voltar só espero, não me vir a arrepender de abandonar tudo o que construi um dia, pois nesse bem dito dia, eu só pensava em ser feliz e não me apercebi que a vida é muito mais que uma paixão. Hoje sei que quando voltar irei dar muito mais valor às amizades que a um capricho meu ou teu. Hoje mais que nunca quero ir embora deste mundo, vou dizer adeus a tudo e todos. Quando voltar, irei ser feliz mesmo que, não tenha mais ninguém comigo no meu novo mundo. (...)

sábado, 16 de outubro de 2010

nunca, repito nunca

Invadido por um profundo arrependimento, ele parou diante da sua porta de casa. A sua figura baixa mas forte confundia-se com as sombras que se faziam ver por detrás dele; tinha o coração apertado, e com os olhos fechados e sempre pensativo recordou e admirou cada canto da sua paisagem que envolve a sua casa. Velhas recordações se sentiram na pele e de seguida imensos sentimentos lhe invadiram o seu coração. Como se por breves segundos tivesse recuado no tempo - "Passou a ser tudo como ela costumava dizer", voltando assim a ter a oportunidade de sentir a voz dela mermurando aos seus ouvidos. Abriu os olhos, deixou de pensar, saiu de diante da porta e correu, correu para longe, na tentativa de fugir a todos os sentimentos que lhe seguiam para onde quer que ele fosse. Abandonava-os sempre que o arrependimento e a dor lhe davam as mãos. Mas de certo que, o homem tem sempre o lado forte e encara sempre a vida como um desafio, mas nunca, nunca repito, dá o braço a torcer ao que realmente sente. Os seus pensamentos voltaram-se para a mulher que lhe fazia correr nas veias a dor do arrependimento, como se o mata-se cada vez que este se lembrara do amor intenso que viveram juntos embora que por pouco tempo.
Ela ainda o amava, mas deixara de o conhecer, pelo menos da maneira como costumava ser. E ela lhe dizia sempre ao ouvido quando este dormia, pois ela estava mais presente do que ele alguma vez pode imaginar. Pois nunca sentiu-se capaz de o abandonar, em contrapartida este a abandonava cada vez que o seu ego falava mais alto.
Num dia ele acordou e percebeu que nessa noite ela não estivera lá nos seus sonhos, nem mesmo que fosse somente para lhe dizer o quanto cobarde ele tinha sido durante todo aquele tempo. Sentiu remorso intenso, estranho, pois o arrependimento mesclava-se com uma sensação de alívio, como se já não precisasse de provar nada. Não era preciso. Não havia ninguém de quem cuidar, não havia mais ninguem ali a quem se desculpar, apesar de nunca, nunca repito ter se desculpado da dor que lhe causara tantas vezes sem ela o merecer. É claro que ele ainda a amava, mas ninguem o sabia nem ele mesmo se dera conta de tal sentimento. Agora, nada mais lhe restava a não ser recordações.
Doía-lhe o coração por ansiar que as coisas fossem como haviam sido antes. Porém, por mais que o desejasse, não haveria retorno. "O que está feito, feito está."
Respirando fundo, começou a caminhar pelo jardim, repleto de lindas arvores. E a partir do momento em que a primavera chegara, ele obvervara a reacções provenientes dessa estação. Os passaros cantavam, as flores de inumersas cores começaram a crescer, o cheiro a rosas já se sentia no ar e o lindo ceu azul se via sem uma unica nuvem. O tempo passara, mas os sentimentos continuavam ali, sempre de mãos dadas com ele.
Quando os sintomas da dor da ausência que ela lhe provocava se tornavam demasiado difíceis para ele conseguir suportar, vinha até ao jardim para caminhar e reflectir, até o seu espírito acalmar. Então, parava novamente na sua porta de casa, preparado para enfrentar o que quer que lá encontrasse ou recordasse.
E nesse momento, colocou a mão no bolso do seu casaco e sentiu um papel no fundo, retirou-o, estava dobrado em quatro partes. Quando por fim percebeu que não era um papel banal, era uma fotografia dela... Era uma mulher tão bela e esbelta, de cabelo castanho encaracolado, com uns olhos nem escuros, nem claros mas sensuais, que contemplava assim um rosto meigo e ao mesmo tempo misterioso. Permaneceu ali durante algum tempo, observando aquele rosto de feições suaves e airosas, onde um sorriso lhe animava a expressão.
Naquele momento só sentira a necessidade de passar o dedo em torno do seu rosto rosado, na tentativa de que aquela fotografia se tornasse real. Sentiu assim uma infinita tristeza invadi-lo.
"Percebi o que sinto, e agora já é demasiado tarde." Voltou a colocar a fotografia no bolso, e seguiu em frente sem voltar a cair na tentação de olhar para a fotografia. Ela não sabia que ele o amara sempre, nem ele sabia que ela ainda o desejava. Mas como é de se imaginar, ambos erraram enquanto pertenciam um ao outro, mas de certo modo "errar é humano".
Afinal onde estava ele quando ela precisava dele? E porque que ela desistiu quando ele finalmente se apercebeu do erro que cometeu?
Eles não sabem que o sentimento é mutuo nem que, sempre pertenceram um ao outro, mesmo que a distância continuasse a separa-los a cada passo que dessem.
"Nem imaginas o quanto tenho desejado ver-te, preciso que saibas que sempre fui teu." Era o que ecoava na mente dele todas as noites antes de adormecer e todas as manhas ao acordar. Mas ela já havia partido sem intenção de voltar. Uma mulher magoada não olha a meios, não caí novamente no mesmo erro, vai embora e não olha mais para trás. Mas uma mulher que ama, não esquece nada, volta e repete tudo vezes sem conta, luta pelo o que sente.
E ele do outro lado, suspirava e tentava perceber como teria sido a sua vida se nunca tivesse partido primeiro. Então nesse momento tomara consciencia de tudo o que lhe acontecera nos últimos tempos, dos erros que cometera e do amor que perdera por simplesmente ter medo de dar o braço a torcer. E voltou a caminhar pelo jardim, sem nunca, repito nunca ter a força suficiente de dar ouvidos ao seu coração e de partir em busca de um amor supostamente perdido. (...)
Um Homem bem pode sonhar e ter esperança, mas os sonhos não são a realidade e a vida pode deitar-nos abaixo. Eu faço o meu melhor, mas estou presa numa armadilha, e completamente impotente. Se ao menos conseguisse encontrar um modo de mudar o rumo que as coisas tomaram…





 "O arrependimento é a chave que abre qualquer fechadura." 

sábado, 9 de outubro de 2010

Na procura

Deixo que a terra acalme, devagar, esqueço o medo, saiu do abismo e procuro a luz, abro portas e comportas. Grito, vou mais fundo.  Entro em novos caminhos, procuro novas soluções. Arrumo as ideias, enfrento os sentimentos, decubro novos horizontes mas nunca me esqueço que a tua ausencia está mais presente que nunca. Julgo que estou a tentar explicar que estás presente em tudo aquilo que faço, sou e sinto e até mesmo em tudo o que fiz. E só me falta mesmo ter a coragem suficiente para te dizer aquilo que há imenso tempo esperas. Mas por agora, deixo-te na incerteza enquanto eu procura a verdadeira certeza, mas não te preocupes eu trago-te comigo em todos os caminhos que percorro.



(...) pensar em ti é a única coisa que me dá vontade de continuar na procura.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O tempo voa...

Preciso de ti; preciso de te abraçar com força; preciso do teu olhar fixo no meu; preciso de sentir o teu coração a bater tão depressa quando estás comigo; preciso de uma mensagem tua; preciso de sentir o calor do teu corpo; preciso das nossas conversas; preciso dos teus mimos; preciso dos teus gestos; preciso dos teus sorrisos e lágrimas também; preciso dos nossos segredos; preciso de saber se pensas em mim a todo o segundo; preciso do nossos dias e noites; já disse que preciso de ti? Preciso de ti!

P.S. Preciso (urgentemente) de ti! ♥







segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Estar viva é sensacional (...)

Trago dentro de mim um tesouro muito valioso. Está trancado a sete chaves para que ninguém o veja ou saiba da sua existência. Dentro dele está ao promonor cada lugar onde estive, cada porto que cheguei, cada caminho percorrido, cada paisagem que tive o prazer de ver durante esta curta vida. Também trago lá dentro, as quedas que dei, os sonhos, as imaginações e desejos. Tudo isso, que é tão pouco para o que realmente quero.

Já caminhei muito, viajei em terras onde nunca estive de corpo. Paisagens lindas vi eu, mesmo que em sonhos. Experimentei tantas sensações, vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos, tantas emoções faziam-se sentir sobre a minha pele quente. Embora tenha sentido todo o tipo de sentimentos, na verdade nunca os senti... Porque dói sentir, dói a vida, dói o mal dito destino que é completamente o contrário daquilo que eu desejo para mim.
Existe dias em que recordo o meu passado, recordo cada momento e fico apavorada, penso como é que cheguei até aqui depois de tanto sofrimento. Tantas estradas cheias de curvas, obstáculos, depois de tantos avisos e lágrimas. Tanta dor e preocupações. Responsabilidades, proibições e dessassosegos. Angústias e ausências. Como cheguei até aqui?
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim. Não sei se sinto é de mais ou de menos. Não sei se te dou tudo ou se te dou nada. Não sei se faço muito ou se faço pouco.
Seja o que for, agradeço tudo e nada. Ter nascido foi sem sombra de dúvidas a melhor garantia que tive, que a vida é decerto modo a maior alegria que se pode ter. Deixando de lado a turbulência tranquila de sensações e sentimentos desencontrados, sorriu. No que toca á vida, todos os momentos são interessantes e bem-vindos, mesmo que muitos deles sejam somente de tristezas ou por sua vez de muita alegria.
Por isso, quando me sinto na onde de amargura fecho os olhos e agradeço cada lágrima e até mesmo cada sorriso porque no final do dia, o que realmente me faz sentir feliz é o facto de poder respirar - «a certeza que estar viva é sensacional»!


"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."

domingo, 3 de outubro de 2010

"Um muito em tão pouco"


Chegaste do nada, com uma coragem enorme enfrentaste-me. Sorris-te e baixinho sussuraste ao meu ouvido com imensa paixão. Com a alegria desenhada na cara, com o amor a sair-te por todos os poros, com o carinho disposto a desembaraçar-se e vir na minha direcção.
Senti a tua mão na minha, os teus olhos fixados nos meus, o teu coração ligado ao meu sem dúvidas nem obrigações. És mais do que eu pedi, na realidade és mais do que eu mereço.
Tornaste-te um muito em tão pouco tempo.

sábado, 2 de outubro de 2010

Estive sempre

Ainda pensei em ti todos os dias, ainda tive saudades tuas. Mas de certo que, saudades um do outro é algo que iremos sentir sempre, pelo menos foi assim que me ensinaram no que diz respeito ao amor.
Há marcas que ficam para sempre, sendo por isso inútil tentar apagá-las. Tentar arrancar de mim todas as recordações que de alguma forma ainda me aquecem quando o frio se faz sentir sobre o meu corpo, é errado. Mas há um tempo para acreditar, um tempo para esperar, outro para viver e ainda há um tempo para desistir. E tu tiveste muita sorte, porque sabes que vives-te cada um desses tempos do meu lado e talvez, só talvez me sinto orgulhosa de o ter vivido cada um deles contigo do teu lado, mesmo quando estavas ausente. Sentia-me feliz por poder seguir o mesmo caminho que o teu, por poder partilhar os mesmos desejos, por saber que era por mim que o teu coração batia. Por tudo o que tinhamos e tudo o que ansiavamos ter.

E apesar de teres estado mais ausente do que presente eu estive sempre ali, do teu lado... Estive sempre.

"A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, e eu sabia que a tua paixão não iria resistir à erosão do tempo, ao frio dos dias, ao vazio da cama, ao silêncio da distância."