domingo, 21 de março de 2010

Mato-me suavemente em cada palavra.


Agora, neste momento antes de o dia acabar e do outro começar que, eu me deixo balançar ao sabor das memórias que voam pela leva brisa que se faz pela noite fora. Este é o momento de solidão e tristeza a que o meu corpo se sujeita a viver, para que em certos minutos eu relembre uma vida outrora vivida a teu lado. De certo modo, não sou eu que quero relembrar, mas o meu corpo e mente fazem questão de o fazer, contra a minha vontade. Sei que, apesar de mentir a mim própria tudo o que de facto ainda sinto dentro do meu peito, eu não nego em nenhum momento as saudades que se apoderaram do meu corpo. Não quero esquecer as sensações que tinha, da vontade incessável de estar contigo, de ver um último sorriso teu, ansiando para que seja meu. Queria olhar novamente no fundo desses teus olhos de verde tão puro. Um olhar breve e profundo. A minha cabeça é de novo invadida pelas lembranças e memórias. O tempo não me tornara imune à tua beleza pura e significativamente forte para me sentir capaz de lhe ser indiferente. A tua maneira de ser e as tuas palavras retiram-me todo o fôlego que possuo, se é que ainda o possuo. As diferentes maneiras como transmites o que se passa contigo, fazem-me me perder neste mundo, que já foi tão meu. Nosso. Ansiei dia após dia, por mais um sorriso que me aconchegasse nesta escuridão que este novo mundo, onde a dor e este vazio me está a afundar, como se sugasse todo o sangue e ar que (ainda) possuo. Sinto da tua parte, uma certa incúria. Por me veres sumir-me no meio de toda esta névoa de mágoa e desilusão e não seres capaz de te moveres para me salvar. Em certos momentos, vejo-te na pele de um cobarde horripilante, que nem homem aparenta ser. Mesmo assim, queria dizer-te o quanto ficava maravilhada com a tua beleza superior. Encantada com a profundidade do teu olhar, a força e sinceridade que o brilho desse teu olhar tentava ocultar. Um brilho encantador. Extremamente quente e reconfortante. Que sempre me fez sonhar. Esse olhar que sempre teve força suficiente para me prender nesse teu mundo de fantasia, pura ilusão. Era esse teu amor por mim, que me alimentava e me fazia crescer enquanto pessoa e a aprender as lições de vida a que tanto me fizeste questão, de me mostrar em cada erro que eu cometia. Foste homem para me castigares arduamente pela ingenuidade que tinha, mas foste fraco, cobarde o suficiente para me deixares sozinha, no caminho em busca da luz neste abismo. (…)
Mas em contrapartida, eu queria-te de novo em meus braços. Sentir o calor do teu corpo, esse tal calor que aquece a minha alma fria, como um sol de inverno aquece um corpo gelado, passando de inverno escuro a primavera luminosa em meros instantes. Tudo isto com um breve toque. Um toque suave como a seda. Cheio de carinho e amor. Eras o meu céu em pleno inferno. E eu continuo a ansiar o teu regresso. Anseio o teu cheiro a amanhecer, como se o sol nascesse apenas para olhar, para te ver, a ti e a essa essência que te completa. Quem me dera voltar a sentir as tuas mãos percorrerem o meu corpo com um toque suave e delicado da tua voz dizendo baixinho o quanto me desejas e me amas. Poder sentir de novo o calor do teu corpo, encostar o meu ouvido no teu peito e sentir o teu coração a bater desordeiramente por estar ali, do teu lado a acariciar-te e a dar-te toda a atenção do mundo. Quem me dera voltar a tocar-te, mexer no teu cabelo, apertar-te as tuas bochechas e te beijar como uma apaixonada incurável que sou por ti. Quem me dera voltar a sentir a paixão a apoderar-se dos nossos corpos cada vez que estes se uniam e desfrutavam do prazer que, este amor era capaz de construir. Queria voltar a sentir o meu corpo tremer cada vez que me tocavas como se não soubesses o princípio e o fim dele, e nesse momento fechava os olhos e o tempo parava. Tinha a capacidade de transformar cada segundo que passava do teu lado numa eternidade, para mais tarde ser recordada com carinho. Como agora. Uma vida num momento. Um momento para recordar uma vida. Tudo isto sem tempo definido, sem um regresso marcado. Uma historia sem final, apenas com
um principio inacabado.
Agora, neste momento antes de o dia acabar e do outro começar que, eu me dou conta que já senti tudo e mais alguma coisa por ti. Adorei partilhar contigo os meus medos e fantasias, tal e qual como fizeste comigo. Toda a força e confiança que em mim depositas-te, para juntos termos construído tudo aquilo que nos marcou. Hoje sei mais que nunca, que mesmo que passe minutos, horas, dias e afins eu permaneço intacta. Sou vulnerável a todas as dores que a vida me fez e faz passar. Não existe mais em mim, forças das quais eu possa me apoiar, forças que me ajudem a erguer a cabeça com convicção. Penso que não te odeio, não a ti. Mas sim a muitas atitudes que tens comigo, apesar de saber que nunca fizeste com intenção de me magoar. Alem do mais, não mora em mim, rancor. Nem tenho nada contra de ti de facto. Errar é humano. E tu pelo menos tens consciência da dor que causas em mim, das desilusões que já provocas-te. Apesar de tudo, eu não desisto. Porque sei perfeitamente que num amor, há um pouco de tudo. E quem ama, enfrenta tudo e eu por ti, vou até ao fim do mundo se for preciso. Mas agora, apesar de mentir tanto a mim própria e de me tentar enganar, eu estou aqui. De novo a escrever para ti. De novo a deixar de viver a minha vida para poder apreciar um pouco as recordações que se mantém vivas dentro de mim. Não nego que aos poucos e poucos essas recordações irão desaparecer, não é porque eu quero. Mas é porque o tempo acaba por apagar e levar tudo de bom que nós temos. E ele já te levou de mim, e contigo levou a minha alma. De seguida, irá ser as memórias e só espero que a dor da tua ausência vá também, porque ela sim. Eu quero que saia de mim o mais depressa possível e só espero do fundo do coração que quando voltares, eu ainda esteja viva para te dizer o quanto (ainda) te amo… Mato-me suavemente em cada palavra.

quinta-feira, 4 de março de 2010

;D


(…) Hoje cheguei á conclusão que ser sonhadora é uma qualidade minha. Afinal nem sei o porque que odiava o ser. Afinal de contas, são os sonhos que comandam a vida.
Estou a gostar muito da pessoa em que me tornei. E penso que agora, não vou mudar mais por ninguém. Ou gostam de mim como sou, ou então temos pena, agora não me importo mais com o que pensam sobre mim. Não me importo se estou a errar neste preciso momento mas, eu estou bem comigo mesma, e isso é o que realmente importa.
Cheguei mesmo á conclusão que não preciso mais do teu amor para ser feliz, basta eu amar-me a mim própria e lutar para que a saudade de não te ter deixe de existir. Vou continuar a sorrir para que a minha felicidade permaneça durante muito, mas muito tempo. A partir de hoje não vou esperar mais por ti, nem pela tua mudança meu querido, agora perdeste-me (para sempre?), até um dia destes meu pequeno e grande amor (…).
“O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar…
…e de correr o risco para viver cada sonho seu.”

Foto: Hoje eu estou feliz ! ;D