quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O tempo não volta atrás


Ela encontrou-o hoje e pareceu-lhe abandonado. Viu-o sentado naquela esplanada onde costumavam encontrar-se e achou-o perdido. Ia a passar de carro e lá estava ele. Parou no semáforo e ficou ali a observá-lo, a pensar como, em tempos, o amava, e como morria um pouco cada dia sem ele quando o perdeu. Vai sabendo dele por amigos comuns, sabe que também desprezou aquelas que o amaram depois dela, que não as considerou suficientemente boas para si.
Não sabe o que ele procura, mas sabe que está sempre só, mesmo quando sabe que tem alguém.
Ele também a viu passar de carro, mas fingiu que não reparou. Desviou os olhos, não fosse ela parar para lhe falar. Não lhe apeteceu falar com ela.
Houve um época, um tempo curto, em que a amou incondicionalmente. Nessa altura precisava dela, receava que o deixasse, pois dependia dela. Pedia-lhe, para o amar. Ela dava-lhe ânimo, encorajava-o. Mas depois de encontrar o seu caminho, ainda que temporariamente, perdeu o interesse por ela.
Ela não, ela amava-o e quis continuar a ter o seu amor, desejou-o mais do que nunca. Compreendia que ele havia mudado,que já não precisava dela da mesma forma, mas queria-o ainda assim, o homem que amava.
Por isso não desistiu dele.
Mas era tarde demais. Ele não a queria. A paixão extinguiu-se, lembra-se de ter pensado que não sentia mais nada por ela. Por isso deixou-a. Sabe que foi egoísta e injusto, sabe que não a tratou como merecia, mas o que queres, a vida é assim, disse-lhe, já não te amo, preciso da minha liberdade e tu da tua. Não, respondeu ela, eu estou presa a ti, preciso de ti como tu também precisas de mim. Ele encolheu os ombros, mas já não preciso, disse, e virou-lhe as costas.
Mas ao vê-la hoje, sentiu um vazio. Acha que ela não percebe, provavelmente ninguém o percebe e sente-se angustiado com isso. A sua vida é uma sucessão de desaires, de relações destruídas que ficam para trás com um encolher de ombros, com uma indiferença fria e calculada, de ressentimentos ignorados para não ter de se culpar a si mesmo. Talvez nunca encontre quem perceba as suas necessidades, o seu desesperado desejo por um amor que nunca sentiu, por algo que embora não sendo mais do que uma fantasia, um dia, tem esperança, passando por cima dos incontáveis destroços que deixa pelo seu caminho incerto, quem sabe, tome a coragem para lhe pedir desculpas e fazer acontecer e valer a pena aquilo que outrora viveu com a verdadeira dona do seu coração. Assim, talvez torne o seu sonho realidade mesmo havendo a possibilidade de ela,depois de este tão inesperado gesto não o perdoar.

sábado, 13 de agosto de 2011

Homem da minha vida

"Não se nasce mulher; torna-se." E posso ser sincera e directa ao ponto de afirmar aos quatro ventos que , quem me tornou mulher foste tu. Sim tu meu amor.
Fizeste-me levantar a cabeça quando  os problemas surgiram, a secar as lágrimas quando a tristeza me invadia. A levantar-me quando caía e a segurar com as duas mãos a vida.
E no final, contigo aprendi que, afinal também "não se nasce homem; torna-se". Assim penso que está na altura de te ensinar que, já és um homem. O meu homem. Aquele que mais amo e agradeço no mundo. Hoje és mais que um homem - és o homem que comanda a minha vida; amo-te ♥